VIOLÊNCIA E TENTATIVAS DE HUMILHAÇÃO EM PERFORMANCES MASCULINAS: CONSIDERAÇÕES SOBRE UM PROCESSO CRIMINAL: (IRATI/PR: 1929)

Autores

  • Leonardo Henrique Lopes Soczek

DOI:

https://doi.org/10.55906/rcdhv7n1-002

Palavras-chave:

Violência, Humilhação, Performances masculinas, Casas comerciais, Irati/Pr

Resumo

Este trabalho tem por objetivo a produção de um estudo pautado em analisar formas de violência e tentativas de humilhação em performances masculinas, que podem ser observadas em um processo criminal, autuado no município de Irati/Pr, no ano de 1929. Ademais, buscamos refletir sobre a importância dos sentimentos nas performances masculinas, utilizando alguns pressupostos teóricos de Norbert Elias e Pierre Ansart e algumas noções conceituais sobre subjetividades e masculinidades, principalmente a partir de autores como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault e Judith Butler. Para tanto, utilizamos como aspecto metodológico a compreensão dos documentos judiciais como “fábulas”, caracterizadas por “jogos discursivos”, buscando destacar as estratégias utilizadas pelos atores jurídicos para produzirem sujeitos, principalmente, quando transformam o real específico numa realizada manipulável. Vários foram os casos de conflitos entre homens em Irati na década de 1920, entretanto, optamos por utilizar um caso de lesões corporais, caracterizado por um conflito verbal, seguido de uma luta corporal entre dois homens em uma casa comercial. Por meio das declarações sobre o caso, é perceptível que os participantes buscaram expor suas perspectivas sobre o crime, narrando como observaram os acontecimentos, mas também suas opiniões sobre os acusados, qualificando e/ou desqualificando condutas e auxiliando na produção de subjetividades no discurso jurídico e, consequentemente, no restante do trâmite processual judicial.

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Publicado

2022-08-01

Como Citar

Soczek, L. H. L. . (2022). VIOLÊNCIA E TENTATIVAS DE HUMILHAÇÃO EM PERFORMANCES MASCULINAS: CONSIDERAÇÕES SOBRE UM PROCESSO CRIMINAL: (IRATI/PR: 1929). Revista Campo Da História, 7(1), 16–35. https://doi.org/10.55906/rcdhv7n1-002